"G.F., atriz brasileira, participava de um festival de teatro em Nova York. Passou mal; vomitava sem parar. Mas não sabia falar inglês. Chamou outra atriz, Rô, que ligou para 911. Explicou a situação à atendente, que, treinada, sugeriu um teste de gravidez e deu o telefone do posto de saúde próximo. O teste deu positivo.
Rô ligou para a clínica. Marcaram o aborto para o dia seguinte de manhã. As duas foram atendidas por assistentes sociais, que não pediram vistos. G.F. assinou papéis se responsabilizando. O aborto foi feito gratuitamente. À tarde, Rô foi pegar G.F. na clínica. Voltaram andando para o hotel.
M.S., casada com um estudante de doutorado em Berlim, engravidou. Viviam de dinheiro de bolsa financiada pelo governo brasileiro; impossível montar uma família com aquela grana. Ela procurou uma clínica do Estado. Foi obrigada a assistir a alguns vídeos sobre reprodução. Fez o aborto gratuitamente. Hoje, M.S. continua casada com o agora doutor, com quem tem três filhos."
Enquanto isso, em Tupinambá, uma menor - em risco de vida - tem sua família excomungada por ter optado pelo legítimo direito de abortar um filho não desejado. Felizmente, apesar da triste notícia, perseveraram a fibra e a garra da mãe e da menor, verdadeiras brasileiras.
É essa minha tardia homenagem às maravilhosas mulheres deste país. Parabéns.
>> There She Goes Again; REM; xxx
>> XXX
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