Esta semana, o incomum tornou a acontecer. Em Nazaré, recentes escavações revelaram uma casa da época de Cristo e, de certa forma, mostraram a pobreza daqueles tempos. A singela construção evidenciou a realidade de uma época na qual culturas alienígenas, aos moldes de hoje, impunham supremacia política sobre a Palestina: no passado, os romanos; hoje, os ocidentais. Vinte séculos depois e pouca mudança, portanto.
O inusitado é que, tanto no passado quanto hoje, essa mesma política agiu como válvula de escape. Estranho possa parecer, a política, talvez a mais importante das ações humanas, serviu também a Cristo e seus apóstolos.
Em comunidade, tudo o que fazemos - ou deixamos de fazer – interfere no todo: o ato de um simples indivíduo pode liberar mudanças que alteram o cotidiano. Como disse Margareth Mead, jamais devemos duvidar que um pequeno grupo de pessoas comprometidas pode mudar o mundo.
Na verdade, nunca aconteceu de outra forma. Para alterar a história, Cristo precisou de treze pessoas apenas. O Senhor foi político, recusava o sistema romano, sobretudo. Contra César, pregava ao povo a revolução de igualdade e justiça: “a Cesar o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
Qualquer que seja a interpretação da presença e da dimensão histórica atribuídas ao Nazareno, Ele agiu, no plano da realidade de seu tempo, como um político. Característica que não lhe exclui ou diminui a transcendência: ao contrário, o fato de o filho de Deus ter sido também um político deveria envergonhar alguns de nossos homens públicos de hoje.
A glória do Cristo se confirma na necessidade, naquele momento, e em toda a História, de sua presença no sentimento da humanidade. Decerto, todos os que o negam, acabam por confirmá-lo em algum momento da vida. Confirmam-no quando se encontram em aflição e o reafirmam quando são tocados por instantes de êxtase, de alegria e de indignação contra os opressores. Testificam-no na dor ou no amor, conforme diz o Livro Sagrado.
No mesmo sentido, somente em sua igualdade é possível entendermo-nos como irmãos: na face e nas mãos, nos olhos e nos lábios, na voz, no riso e nas lágrimas. Nós somos o que somos, e seremos maiores no tempo e no mundo, quando formos iguais, uns diante dos outros.
Dessa forma, o Natal é a festa do nascimento de Jesus porque é a festa do nascimento de todos nós. Por certo, a mensagem Dele é mais poderosa do que as instituições que reivindicam seu nome: é a palavra do Filho do Homem, para os homens; a essência de um para todos.
Para os não crentes, entretanto, Cristo é - da estrela de Belém ao Calvário - uma resposta do homem à sua própria necessidade. Porém, mesmo o agnóstico reconhece que na hora da morte, diante do ângulo reto, o Salvador – como qualquer homem – recorreu a Deus, perguntando-lhe o motivo do abandono. Nesse momento, o descrente talvez perceba o milagre: no reconhecimento da fragilidade humana, estava a grandeza da transcendência de Jesus.
O Natal, enfim, é nosso curvar a esse Mistério. É aceitar o que fez de um homem frágil, que não conseguia sozinho carregar a cruz, o Maior dos maiores.
Por isso, não podemos esquecer o Natal havido no ano zero. Mesmo com toda dificuldade e pobreza, surgiram a estrela, Baltazar, Belchior, Gaspar, incenso, ouro e mirra. Pensar diferente, nos dias de hoje, seria desonrar a memória daquele que veio para nós e até nós.
O inusitado é que, tanto no passado quanto hoje, essa mesma política agiu como válvula de escape. Estranho possa parecer, a política, talvez a mais importante das ações humanas, serviu também a Cristo e seus apóstolos.
Em comunidade, tudo o que fazemos - ou deixamos de fazer – interfere no todo: o ato de um simples indivíduo pode liberar mudanças que alteram o cotidiano. Como disse Margareth Mead, jamais devemos duvidar que um pequeno grupo de pessoas comprometidas pode mudar o mundo.
Na verdade, nunca aconteceu de outra forma. Para alterar a história, Cristo precisou de treze pessoas apenas. O Senhor foi político, recusava o sistema romano, sobretudo. Contra César, pregava ao povo a revolução de igualdade e justiça: “a Cesar o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
Qualquer que seja a interpretação da presença e da dimensão histórica atribuídas ao Nazareno, Ele agiu, no plano da realidade de seu tempo, como um político. Característica que não lhe exclui ou diminui a transcendência: ao contrário, o fato de o filho de Deus ter sido também um político deveria envergonhar alguns de nossos homens públicos de hoje.
A glória do Cristo se confirma na necessidade, naquele momento, e em toda a História, de sua presença no sentimento da humanidade. Decerto, todos os que o negam, acabam por confirmá-lo em algum momento da vida. Confirmam-no quando se encontram em aflição e o reafirmam quando são tocados por instantes de êxtase, de alegria e de indignação contra os opressores. Testificam-no na dor ou no amor, conforme diz o Livro Sagrado.
No mesmo sentido, somente em sua igualdade é possível entendermo-nos como irmãos: na face e nas mãos, nos olhos e nos lábios, na voz, no riso e nas lágrimas. Nós somos o que somos, e seremos maiores no tempo e no mundo, quando formos iguais, uns diante dos outros.
Dessa forma, o Natal é a festa do nascimento de Jesus porque é a festa do nascimento de todos nós. Por certo, a mensagem Dele é mais poderosa do que as instituições que reivindicam seu nome: é a palavra do Filho do Homem, para os homens; a essência de um para todos.
Para os não crentes, entretanto, Cristo é - da estrela de Belém ao Calvário - uma resposta do homem à sua própria necessidade. Porém, mesmo o agnóstico reconhece que na hora da morte, diante do ângulo reto, o Salvador – como qualquer homem – recorreu a Deus, perguntando-lhe o motivo do abandono. Nesse momento, o descrente talvez perceba o milagre: no reconhecimento da fragilidade humana, estava a grandeza da transcendência de Jesus.
O Natal, enfim, é nosso curvar a esse Mistério. É aceitar o que fez de um homem frágil, que não conseguia sozinho carregar a cruz, o Maior dos maiores.
Por isso, não podemos esquecer o Natal havido no ano zero. Mesmo com toda dificuldade e pobreza, surgiram a estrela, Baltazar, Belchior, Gaspar, incenso, ouro e mirra. Pensar diferente, nos dias de hoje, seria desonrar a memória daquele que veio para nós e até nós.
>> Leaving New York; Around The Sun; R.E.M.
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