"Elegia 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan."
Ao que parece, o Congresso dos EUA disse para Wall Street: drop dead. Ainda é impossível medir extamente os desdobramentos dos eventos recentes. Entretanto, é possível que algo no mundo como o conhecemos deve ter deixado de existir na tarde de hoje.
Fico cá, com meus botões, pensando: e se Bin Laden e seus valorosos amigos resolvessem que é hora de outro ataque terrorista, aos moldes do 11/09? Dinamitar Manhattan, talvez...
>> When All's Well; Everything But The Girl; Best of ebtg
>> A Constituição Norte-Americana; Goldwin & Schambra; Forense Universitária
1 comment:
Resta uma dúvida: Será que o Osama mesmo dinamitaria ou simplesmente deixaria o BushBoat navegar sozinho. Nos dois casos a explosão seria algo bem possível. Abraços
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