Na foto da AP, um exemplo da (pós)modernidade e de um dos motivos para os gringos nos considerarem “atrasados”. Caso os prezados possam observar, o singelo aperto de mão traz mensagem algo complexa.
Teoria da conspiração, determinismo ou coisa que o valha, a foto não mente: Chávez olha para o vazio, meio envergonhado; Obama mira as câmeras, apontando o livro, sem hesitação – ao mesmo tempo no qual cumprimenta o mandatário venezuelano com um "vacilante" aperto de mão. Parece contraditório, mas a sofisticada propaganda subliminar supera o texto.
No caso de uma tese heterodoxa, poder-se-ia pensar que “o gigante bolivariano confronta Superman”*. Todavia, ainda no século XIX, o próprio Simón Bolívar tinha receita precisa para o evento: revolucionar é arar no mar.
Apesar de todos os esforços, falta muito para a total liberdade latina. Infelizmente, o rio de minha aldeia ainda é apenas o rio de minha aldeia. Necessitamos entender, sem nenhum complexo de vira-lata: o progresso é um processo, não um milagre.
>> Baby, it is you; The Beatles; xxxTeoria da conspiração, determinismo ou coisa que o valha, a foto não mente: Chávez olha para o vazio, meio envergonhado; Obama mira as câmeras, apontando o livro, sem hesitação – ao mesmo tempo no qual cumprimenta o mandatário venezuelano com um "vacilante" aperto de mão. Parece contraditório, mas a sofisticada propaganda subliminar supera o texto.
No caso de uma tese heterodoxa, poder-se-ia pensar que “o gigante bolivariano confronta Superman”*. Todavia, ainda no século XIX, o próprio Simón Bolívar tinha receita precisa para o evento: revolucionar é arar no mar.
Apesar de todos os esforços, falta muito para a total liberdade latina. Infelizmente, o rio de minha aldeia ainda é apenas o rio de minha aldeia. Necessitamos entender, sem nenhum complexo de vira-lata: o progresso é um processo, não um milagre.
>> The nine
* O livro era “As Veias Abertas da America Latina”, do Eduardo Galeano. Um clássico que já devia estar atrasado desde a primeira edição. Ao contrário do que pensa o senso comum, o livro é um tanto ingênuo: não podemos atribuir nosso atraso somente ao "colonizador maligno". Hoje, o mundo é muito mais complexo do que isso.
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