Essa semana, duas pequenas notícias fizeram-me refliter sobre qual estágios estamos em relação a tecnologia e a modernidade. Encontrei ambas no Gizmodo.
A primeira falava sobre um experimento que transformou alumínio em um estranho e completamente novo material. Realizado nos laboratórios Flash (o nome não é piada), na Alemanha, os cientistas criaram um novo tipo de estado da matéria, transformando alumínio em algo que "ninguém nunca viu antes". O material é tão exótico que fica invisível se exposto à radicação ultra-violeta.
Segundo Justin Wark, um dos malucóides do Departamento de Física em Oxford, é quase o mesmo que transformar chumbo em ouro, utilizando nada mais do que luz. Por um lado, a experiência pode trazer todos os tipos de inovação: de Macbooks invisíveis a uma explosão total do planeta. Por outro, depois de trilhões de dólares e muito tempo gastos, descobrimos que a alquimia é possível.
A segunda matéria falava de um super-submarino desenvolvido pelo "complexo industrial-militar" norte-americano. Em síntese, o bichano poderá ser três vezes mais veloz do que os subs atuais, apenas utilizando uma "colcha" de ar em volta de seu casco. Em tese, essa proteção iria eliminar o atrito do água com a nave. Na prancheta, a idéia parece ser uma beleza. No teste da realidade, todavia, o projeto provoca indagações... e algumas risadas.
A idéia é engraçada porque a maioria dos submarinos gasta a maior parte da vida navegando em velocidades mínimas, exatamente para tentar manter-se o mais "indetectável" possível. Ou seja, fugir de sonares passivos é a essência da atividade submarina: quanto menos barulho, menor a chance de sua nave ser encontrada.
A idéia de silêncio é tão preciosa que chegou a criar um adágio no meio militar. Por exemplo, os submarinos balísticos da classe Ohio são conhecidos por serem mais silenciosos do que o próprio meio ambiente.
Dessa forma, nossos caros cientistas militares parecem ter um problema: como fazer silencioso um troço que vai andar a quase 1oo nós e que, ainda, vai trazer um colchão de ar em torno de si. Virtualmente impossível, eu diria.
A meu ver, há um outro problema: a tal proteção de ar vai acabar se perdendo conforme o submarino navegar e, invariavelmente, alcançará a a superfície.
Assim, a super-modernosa-ultra-rápida máquina de guerra vai deixar um rastro de bolinhas de ar ao longo do oceano. Mais ou menos como a fumaça daqueles trenzinhos choo-choo dos antigos desenhos animados. Uma graça para os inimigos.
Como diria Einstein: "Deus não joga dados". Por mais que tentemos curvar as leis da físicas, algumas permanecem inalteráveis. De certo modo, é inevatável não lembrar da antiga piada sobre a caneta da Nasa. Enquanto os americanos gastaram milhares de dólares desenvolvendo um instrumento que trabalhasse em ambiente de gravidade zero, os russos utilizaram somente um lápis. Fica a pergunta: para que tanta tecnologia?
>> Monstro Invisível; O Rappa; 7 Vezes
>> Varennes
A primeira falava sobre um experimento que transformou alumínio em um estranho e completamente novo material. Realizado nos laboratórios Flash (o nome não é piada), na Alemanha, os cientistas criaram um novo tipo de estado da matéria, transformando alumínio em algo que "ninguém nunca viu antes". O material é tão exótico que fica invisível se exposto à radicação ultra-violeta.
Segundo Justin Wark, um dos malucóides do Departamento de Física em Oxford, é quase o mesmo que transformar chumbo em ouro, utilizando nada mais do que luz. Por um lado, a experiência pode trazer todos os tipos de inovação: de Macbooks invisíveis a uma explosão total do planeta. Por outro, depois de trilhões de dólares e muito tempo gastos, descobrimos que a alquimia é possível.
A segunda matéria falava de um super-submarino desenvolvido pelo "complexo industrial-militar" norte-americano. Em síntese, o bichano poderá ser três vezes mais veloz do que os subs atuais, apenas utilizando uma "colcha" de ar em volta de seu casco. Em tese, essa proteção iria eliminar o atrito do água com a nave. Na prancheta, a idéia parece ser uma beleza. No teste da realidade, todavia, o projeto provoca indagações... e algumas risadas.
A idéia é engraçada porque a maioria dos submarinos gasta a maior parte da vida navegando em velocidades mínimas, exatamente para tentar manter-se o mais "indetectável" possível. Ou seja, fugir de sonares passivos é a essência da atividade submarina: quanto menos barulho, menor a chance de sua nave ser encontrada.
A idéia de silêncio é tão preciosa que chegou a criar um adágio no meio militar. Por exemplo, os submarinos balísticos da classe Ohio são conhecidos por serem mais silenciosos do que o próprio meio ambiente.
Dessa forma, nossos caros cientistas militares parecem ter um problema: como fazer silencioso um troço que vai andar a quase 1oo nós e que, ainda, vai trazer um colchão de ar em torno de si. Virtualmente impossível, eu diria.
A meu ver, há um outro problema: a tal proteção de ar vai acabar se perdendo conforme o submarino navegar e, invariavelmente, alcançará a a superfície.
Assim, a super-modernosa-ultra-rápida máquina de guerra vai deixar um rastro de bolinhas de ar ao longo do oceano. Mais ou menos como a fumaça daqueles trenzinhos choo-choo dos antigos desenhos animados. Uma graça para os inimigos.
Como diria Einstein: "Deus não joga dados". Por mais que tentemos curvar as leis da físicas, algumas permanecem inalteráveis. De certo modo, é inevatável não lembrar da antiga piada sobre a caneta da Nasa. Enquanto os americanos gastaram milhares de dólares desenvolvendo um instrumento que trabalhasse em ambiente de gravidade zero, os russos utilizaram somente um lápis. Fica a pergunta: para que tanta tecnologia?
>> Monstro Invisível; O Rappa; 7 Vezes
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