Os meios diplomáticos e políticos estiveram agitados esta semana: segundo o Ministro Edson Lobão, o Brasil rejeitou uma proposta iraniana para ingressar na OPEP. Como todos vocês sabem, nosso país tornou-se o mais recente maná energético do planeta. Entretanto, para efetivamente tornar-se um “top dog” petrolífero, o Brasil precisa de imensos investimentos em teconologia, além de grandes somas de dinheiro a fim de financiar a nova bacia do pré-sal. Ao que parece, uma eventual assossiação à OPEP tenderia a eliminar qualquer chance de que esse tipo de parceria em investimentos e teconologia aportasse em nossas águas.
O óleo pré-salino é de difícil extração, recomendando, portanto, elevadíssimos aportes tecnológicos. À guisa de exemplo, somente no que diz respeito à acessibildiade dos depósitos, as teconologias necessárias estão, ainda, na manjedoura.
Malgrado a Petrobrás seja, talvez, a estatal energética mais bem gerida do planeta, não poderia ela sozinha avançar em um projeto de tamanhas dimensões. A complexidade tecnológica e financeira da empreitada requer tanta colaboração quanto possível. Felizmente, a necesssidade dessas alianças parece ter clareado a cabeça iluminada de nossos dirigentes e, assim, tornando possivel a rejeição ao convite da OPEP.
A aceitação a um convite nos tradicionas termos do grupo iria atar o Brasil a dois compromissos essenciais: quotas limitadas de produção e regimes de preços fixos para a venda do óleo negro. Dado que o país sequer tem certeza do tamanho dos poços, haveria imenso risco de limitar nossa potencial produção em níveis muito abaixo dos desejados pela nação - apenas para que se atendesse aos desejos dos maiores produtores de petróleo do planeta.
Mas, o mais importante: ao comprometer-se com a OPEP, nosso “Poço do Visconde” estaria severamente subordinado ao regime de controle de preços opepiano. Fato que, em tese, poderia alijar-nos dos lucros das reservas. Tal característica é particularmente importante já que, apesar de a Petrobrás estar otimista em relação ao custo de extração por barril, os projetos certamente não serão baratos.
A decisão, portanto, parece ter sido acertada. Ponto para o governo e para a Petróleos Brasileiros S. A. De qualquer forma, o eventual ingresso na liga petrolìfera não está de todo descartado. Uma vez que o Brasil comece a vender petróleo em volumes confortáveis e globais, poderíamos nos juntar à OPEP no intiuto do benefício dos preços controlados – que hoje tanto nos desinteressam. Enfim, um jogo bastante realísito e de nosso maior proveito.
* A foto acima é produção própria. Foi capturada na Ponta da Areia, Niterói, em um entardercer de 2001. Nesse mesmo lugar, em meados do século XIX, o nobre Barão de Mauá produzia seus famosos barquinhos.
>> Don't Need The Sunshine; Catatonia; International Velvet
>> A Epopéia do Pensamento Ocidental; Richard Tarnas; Bertrand Brasil
1 comment:
Interesting, brother...
Let's indeed wait and see where this will lead.
Nice pic, by the way...
Cheers...
Post a Comment